sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Poesia das Putas

Aquela ali é puta,
a da esquina é puta
a do primeiro banco, rezando o terço também

Aquela da saia curta, dos saltos altos, e do batom vermelho
com toda a minha certeza!
Uma admite, outra esconde,
e Lúcia, jura que não!
No fim todas são

Aquela diz que reserva suas vergonhas para um futuro promissor
Besteira!
A mais podre das mentiras!
Loiras, morenas, ruivas, brancas, negras, orientais
tudo puta!

E quantas Camilas, Jessicas, Larissas, Nathalias e Joanas...
E quantas putas!
E puta santa, puta safada, puta assumida, puta puta da puta que pariu.
Que cobram ou nao...
Gostam ou não...

E todas mulheres, todas meninas, todas princesas, todas marias...
Enfim, na amargura da loucura
Desejando serem desejadas

A ironia da velhice, e as pelancas, e a gordura...
E a carência depressiva...
E a morte da alegria -suicídio da alma
Tristeza parva,

E o mundo gira,
E outras putas surgem...
e as velhas sublimam, como se nunca tivessem existido
Para os homens, aqueles canalhas e cretinos...
Que sobrevivem e se alimentam dos seus instintos...

E tudo morre... e tudo passa...
Porque minhas historias
terminam sempre
com uma tragédia - verdadeira- e dramática.

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